Elas podem ser bailarinas, icaristas, instrumentistas. Podem nos fazer rir de alegria ou chorar de emoção. Podem vestir-se com rosa, roxo, azul e muitas outras cores. Entre saias, coletes, poás, macacões, sapatões e plumas, são ilimitadas e inclassificáveis. Palhaças, hoje, são figuras que povoam o imaginário de crianças, mas também de pesquisadores e de muita gente adulta. Mas nem sempre foi assim, e ainda tem muita gente que nunca pode se deparar com uma palhaça ao vivo, ou através de alguma representação. A partir de suas atuações e imagens, desde uma ótica bastante particular, palhaças falam de transformações históricas que vem ocorrendo na comicidade global, mas também em nossa sociedade.

      Olhar, admirar e interagir com esse conjunto de palhaças e palhaçarias cria mundos.
     Seja por meio de quadros, estatuetas, bonecas, azulejos e até mesmo pela telinha da tv ou do cinema, nos aproximamos de um imaginário mutante e em constante revolução. Um imaginário que ri, vira de cabeça para baixo, se equilibra na ponta do pé, ou na ponta do nariz.

       Despertar a ludicidade e o riso dentro dessa ambiência colorida e mágica do circo, dos parques de diversões, da
pipoca e do algodão doce, nos desperta para imaginários capazes de nos recuperar por dentro, tornando o mundo um
lugar melhor, mais sensível e tocante.